sábado, 5 de maio de 2012

Salve, Jorge!


Quem diabos é Jorge?

Jorge é meu amigo imaginário da infância. Eu me recordo de falar sobre ele quando criança, de me referir a ele, de me dirigir a ele etc. De modo muito verdadeiro. Mas, pra ser sincera, não tenho a mínima idéia de como ele era.

Lembro-me, sobretudo, do que a minha família me conta. Das nossas peripécias com Jorge.

Certa feita, estávamos, eu criança e minha pequena família, entrando apressados num carro de algum conhecido, para irmos não sei onde, quando eu muito gravemente pedi:

- “Espera, espera, gente; deixa Jorge entrar primeiro. Vai, Jorge!”

Eu sou filha única, como vocês já devem ter imaginado...



E por que "cartas", se não há neste exíguo blog uma missiva sequer?

Um domingo à noite desses, momentaneamente emergi da minha “depressão pré-segunda-feira” para assistir a trechos da entrevista de José Castello no “Conexão Roberto D’Ávila”. José Castello é cronista e crítico literário, mas surpreende pela doçura de suas críticas, menos técnicas e mais apaixonadas. Nada ferozes, ao contrário do que sói comprazer aos críticos de carteirinha.

O entrevistado explicou, em outras palavras, que escreve como quem redige cartas a um amigo, para contar de algo apaixonante ou intrigante que tenha lido.

Dados os devidos créditos, vou descaradamente me apropriar da ideia, e escrever meus despretensiosos textos como quem manda cartas a um amigo. Ao Jorge. 

Espero escrever ao menos um post por semana, mas não garanto, porque tenho muita preguiça e pouco tempo. Nesta ordem.

Terminemos, pois, pelo princípio:

“Caro Jorge, meu amigo imaginário, saudações!

Escrevo sobre o que tenho visto, ouvido, sentido. Para recomendar, para elogiar, para compartilhar. Por vezes, somente para atender ao ímpeto de registrar o pouco que tenho vivido.

Você, meu bom amigo, há de gostar dessas linhas, se não pela (duvidosa) qualidade, pela satisfação de servir de paciente interlocutor a uma amiga de infância.

Saudades (de não estar só no mundo).

Hendye”

4 comentários:

  1. Que o Jorge lhe responda a todas as cartas, instigando-a a escrever sempre mais. Beijo.

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    1. Valeu pelo comentário, Fernando!

      Vindo de você, é um incentivo e tanto!

      Bjs.

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  2. Que felicidade a minha quando descobri que vc faria um blog!!!

    Mas felicidade de pobre neh... heheheh... foi só chegar aqui e me deparar com "exíguo blog, missiva" ainda não satisfeito fui ao "sói comprazer" e então percebi: é, não vai ser fácil pra ninguém!!! Rs...

    Mas vale a pena pelo conteúdo viu colega!!! bjão!!! ...e mande lembranças ao Jorge!!!

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    1. Rolei e rir com esse comentário, coleguinha!!!

      Até parece que tem alguma dificuldade, para um cabra da sua estirpe intelecto-sócio-musical!...rsrs

      Valeu. Bjs.

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